Conta-se de dois peregrinos que decidiram visitar a imortal cidade de Belém, por ocasião das celebrações do Natal. Partiram muitos meses antes, de modo que a chegada coincidiu com as festas natalinas. Um deles só pensava na viagem, na chegada a Jerusalém, a Belém e demais cidades e lugares santos, marcados por milênios de grandiosa história, o berço do Cristianismo. E, nesse espírito, fez sua peregrinação: em demanda dos santos lugares, não parou em outros lugares; nada viu na viagem longa e demorada, só lhe interessava chegar. O outro, à medida que caminhava e percorria as estradas, ia observando os lugares por onde passava. Quando descobria alguma necessidade, algum problema para resolver, demorava-se ali e ajudava às pessoas a resolver os problemas e atender às suas necessidades. Por isso, pobre dele, jamais chegou a Belém para participar dos festejos natalinos, no mesmo lugar onde Jesus nasceu há dois mil e seis anos.No entanto, dos dois, foi o segundo quem realmente festejou o Natal de forma aproriada. O primeiro só viu a festa, só a teve no dia de Natal; o segundo, embora não visse os acontecimentos de Belém, participou integralmente e durante toda a viagem do verdadeiro espírito de Natal. E, enquanto o outro viveu aqueles dias só para si, este viveu a viagem inteira para os outros, dando-se e proporcionando a muitos a felicidade do amor que nasce também em Belém, na pessoa de Jesus Cristo.
Texto 306, retirado do livro Coletânea de Ilustrações, pág. 123
Texto 306, retirado do livro Coletânea de Ilustrações, pág. 123