abril 27, 2007

VOCÊ TEM NOTADO QUEM TEM VINDO À IGREJA?

Certa vez fui com meu filho, Elildo Junior ao Mineirão para assistir a uma partida de futebol. Nessa época ele alimentava o desejo de ser um jogador. Com o tempo, ele mudou de idéia, graças a Deus. Confesso que nunca o incentivei a ser jogador, nem o forcei a largar o futebol, mas me preocupava com esta possível opção. Hoje eu até acho que foi bom para ele. Afinal, o tempo mostrou que ele convive melhor com macacos tartarugas e cobras, lá mesmo no meio do mato, na Amazônia. Estou me lembrando desse fato porque eu mesmo estava naquele estádio lotado, com milhares de pessoas torcendo e se contorcendo, gritando e chorando diante dos erros e acertos dos jogadores. Quando um time sofria um gol, os torcedores “do outro time” se regozijavam e comemoravam; tiravam as camisas e balançavam no ar como sinal de satisfação. Quando algum jogador do meu time perdia uma bola, ou fazia uma jogada mal feita.. ai ai, ai... Eu me encolhia e me sentava vendo com o rabo do olho a tristeza e decepção de meu filho. Uma torcida vibrava de alegria e a outra xingava o juiz, e os jogadores. Sobrava até para as mães, que estavam longe do campo de batalha, ocupadas em fazer tudo para o conforto de seus filhos e maridos.
Quando cheguei em casa, nem me lembrei daqueles rostos com suas expressões. Também, que interesse eu poderia ter por eles? Não eram meus parentes, e nem sequer conhecidos. O estádio era o lugar preferido deles. Tinham combustível para brigar e discutir até a próxima vitória de seus times. Eram apenas rostos virados para uma bola.
Tenho notado que existe uma grande semelhança no comportamento de muitos irmãos na igreja. Assumem a identidade de seus times, e se levantam a cada “jogada” ou perda de bola de seu time. Quanto ao outro time... Às vezes, no campo da igreja se vê ate mais de dois times jogando; e por incrível que pareça, todos corintianos. Eu sou de Paulo, eu sou de Pedro e eu de Apolo... Quando chegam em casa, nem se lembram dos rostos dos visitante, ou de qualquer outro irmão. Afinal, quem são eles, senão apenas rostos? Estão preocupados apenas com seu time preferido!
Queridos irmãos, na igreja, devemos ter somente um time, e um só técnico: Jesus. Devemos como bons atletas de Cristo, colocar toda a nossa vida, habilidades e dons para a vitória da igreja.

Pr. Elildo Alves Ribeiro de Carvalho

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