agosto 09, 2010

APRENDA A ESCREVER NA AREIA

Era uma vez dois amigos que viajavam pelas montanhas da Pérsia. Certa manhã chegaram às margens de um grande rio. Ao tentar atravessá-lo, o jovem Mussa caiu em suas águas e como não sabia nadar começou a se afogar. Ao ver o amigo naquela situação, Nagib atirou-se nas correntezas e conseguiu salvá-lo. Logo que se recuperou do susto, Mussa chamou os seus ajudantes e ordenou que escrevessem na maior pedra do lugar esta legenda: “Viajante, neste lugar, durante uma viagem, Nagib salvou heroicamente o seu amigo Mussa.”
A viagem continuou e meses depois quando regressavam e atravessavam o mesmo rio, resolveram passar ali a noite. Sentados na areia, puseram-se a conversar. De repente surgiu uma desavença e uma discussão começou. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou o amigo. Mussa tomou o bastão e escreveu na areia ao pé da grande pedra: “Viajante, neste lugar durante uma viagem, Nagib por motivo fútil injuriou gravemente o seu amigo Mussa.”
Surpreso e irritado, um dos seus ajudantes comentou: “Senhor, na primeira vez para exaltar a abnegação de Nagib, o senhor mandou gravar para sempre na pedra o feito heróico. E agora que ele acaba de ofender-vos, vos limitais a escrever na areia incerta o ato de covardia? A primeira legenda ficará para sempre, mas esta, antes do despertar do dia, já terá desaparecido com o vento…” Mussa respondeu: “É que o benefício que recebi permanecerá para sempre em mim, mas a injúria, escrevo-a na areia para que, quando depressa apagar-se, depressa também desaparecerá da minha lembrança.”
Boa história, mostra como a raiva pode danificar as relações. Responda rapidamente a estas perguntas: Você é pavio curto? Tem cabeça quente? Perde constantemente a paciência? Leva tempo demais para recuperar-se de uma ofensa? Fica sempre furioso quando é criticado? Quando fica frustrado tem vontade de bater em alguém? Se a maioria das respostas foram afirmativas, é sinal de que o “bichinho” da raiva fica picando você constantemente.
A sociedade moderna defende a expressão da raiva como algo positivo e saudável: Não se deve levar desaforo para casa, faz mal para a saúde. Será? Churchill dizia justamente o contrário: “Ninguém jamais teve dor de estômago por engolir palavras cruéis que deixou de dizer.” Cuidado com a catarse, com a moda de por tudo para fora. Nesse “vômito” enfurecido destruímos meio mundo e depois temos que recolher os cacos. Ficamos com o saldo da raiva – relacionamentos desgastados pelas besteiras que fizemos: “O que facilmente se ira faz doidices” Provérbios 14:17.
Faça um mapeamento dos seus pontos fracos. Todos nós temos situações que nos deixam à beira de um ataque de nervos. Tente descobrir porque nestas horas você fica tão irritado, fique preparado para enfrentar estes momentos. Assim terá mais chance de ficar menos raivoso quando o fato vier a acontecer.
Lembre-se do que diz a Bíblia: “Se você ficar com raiva, não deixe que isso o faça pecar e não fique com raiva o dia todo.” Efésios 4:26. Não deixe a raiva ocupar grandes espaços no seu coração; quando ela bater em sua porta, aprenda a escrever na areia, afinal: “Se você for paciente no momento de raiva, escapará de cem dias de pensar” (Provérbio chinês)
Fonte: VidaNet - Leonor Gomes Machado Cordeiro
Boletim 08/08/2010

Nenhum comentário: